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Qual e quanto dinheiro levar para Aruba
A moeda de aruba é o florin arubiano. O florin herdou a antiga cotação do florin holandês em relação ao dólar, que é 1,79, ou seja $1,00 compra Afl 1,79. Essa cotação é fixa: o florin está ancorado ao dólar, o que significa que quando o dólar está baixo, o florin também está baixo. É preciso levar em conta que essa é a cotação oficial, não significa que os estabelecimentos comerciais a sigam. Muitos estabelecimentos tem uma placa ao lado do caixa indicando qual é a taxa que eles aplicam entre as moedas, mas se não houver a placa, você sempre pode perguntar e eles te responderão sem problemas, apesar da varição ser pequena: alguns lugares fazem um câmbio de $1,00 para Afl. 1,75, outros para Afl. 1,76.
É possível comprar e vender florins e dólares nos bancos (legalmente) e em muitos cassinos (ilegalmente). Os bancos funcionam das 8h às 16h, mas nem é preciso pegar fila porque os caixas permitem o saque em dólares ou florins. Nos cassinos, as taxas costumam ser melhores, mas você tem que estar atento para não receber notas falsas. Não é comum, mas já houve casos e como não é uma transação legal, ninguém pode reclamar de nada e fica por isso mesmo.
Qualquer comércio de Aruba aceita tanto florins quanto dólares e quando você paga alguma coisa, o troco pode vir em dólares, florins ou até mesmo uma parte de cada um. Eu não recomendo que ninguém compre florins antes de vir, até porque o câmbio de muitos lugares favorece o dólar, então se você pagar em florim vai acabar perdendo. O cartão de débito do Brasil (caso tenha as bandeiras Maestro, Cirrus, etc.) é amplamente aceito e os caixas eletrônicos disponibilizam dólares, assim que se você quiser, pode vir com praticamente só o dinheiro do táxi. Mas com a subida de IOF para saques no exterior, o melhor mesmo é trazer os dólares do Brasil.
Responder a pergunta: quanto dinheiro levar para Aruba? Ou: quanto se gasta em Aruba por dia? é uma coisa difícil. Eu não sei quais as suas expectativas em relação à viagem, se vai ficar mais no hotel ou se vai fazer passeios, se quer fazer compras de relógios ou eletrônicos ou só algumas camisetas de souvenir.
Então para ajudar com essa dúvida, eu vou responder com os dados do Central Bureau of Statistics. Os últimos dados disponibilizados são do ano de 2013. Em 2013, os turistas gastaram em média $90 por dia e por pessoa. Esse gasto foi o dinheiro que o turista gastou aqui, depois da chegada, ou seja, exclui tudo o que o turista possa ter pagado pela internet ou para um agência de viagens. O gasto do turista brasileiro especificamente foi abaixo da média: $85. Para efeito de comparação: o turista americano gastou $86 ao dia, o venezuelano gastou $145 (vale lembrar que eles vêm aqui e compram até papel higiênico e fralda descartável), os famosos mãos-de-vaca holandeses gastaram $52 enquanto os canadenses gastaram $61 por dia.
O olho do furacão
A temporada de furacões no Caribe começa no dia 1 de junho e finaliza no dia 30 de novembro de cada ano. Isso aqui em Aruba é motivo de comemoração.
A razão é que existem pouquíssimas ilhas de todo o Caribe que estão fora da rota de furacões. Essas sortudas ilhas são as mais ao sul, como as ilhas ABC, entre as quais, Aruba, Trinidad y Tobago e algumas outras ilhas da costa venezuelana, como Isla Margarita.
Ao parecer já houve algum furacão que atingiu a ilha, mas para ter lembrança dele só perguntando aos mais velhos.
Em geral, o clima da ilha nessa época do ano é bem seco, chegando a semi-árido, o calor já está à beira do suportável, então às vezes quando um furacão passa lá em cima, o “rabo” do furacão traz umas boas chuvas e um alívio para clima tórrido. Esse ano a temporada ainda não deu sinais de vida, mas ainda temos uns meses pela frente.
Lembranças
Muita gente quebra a cabeça pensando o quê comprar para levar de lembrança de Aruba, considerando que pouca coisa é produzida aqui. A maioria acaba levando a tradicional camiseta ou boné escritos Aruba, então para fugir do óbvio, eu fiz uma listinha de coisas que podem agradar.
O mais fácil são as bebidas produzidas aqui em Aruba, que é onde mais variedade se encontra. Da última vez que a minha irmã veio, ela e minhas sobrinhas acharam legal levar a cerveja arubiana, chamada Balashi. Ela vem em garrafa ou latinha e o que elas acharam mais charmoso foram as latinhas pequenas, que além do mais não pesam tanto na bagagem. Eu não bebo cerveja, mas todo mundo que eu conheço fala que ela é bem gostosa..
Outra bebida produzida aqui é o ponche crema, o licor típico de Aruba. Ele é feito com rum e leite condensado, assim que imagino que é bem ao gosto brasileiro. Existem muitas sobremesas e coquetéis locais feitos com ele. Tem muitas marcas, só que alguns são produzidos em Curaçao, então se você fizer questão de ter um produto local, é preciso ver a embalagem. Existe uma marca local, chamada Palmera Rum que produz vários tipos de bebida, incluindo whiskey, gin, vodka e brandy.
Também são produzidos aqui toda a linha da Coca-cola, exceto a Fanta, não sei porquê. Aliás, não existe Fanta em nenhum restaurante, nem nos fast-food. Aqui também tem a fábrica da Pepsi, mas no meio do ano mudaram o nome para RC Cola. Eles continuam produzindo a Pepsi servida em restaurantes de fast-food, como o Taco Bell, mas nos supermercados o que você vai encontrar é a RC Cola, se forem garrafas pequenas. Se forem garrafas de dois litros, o nome vai ser Pepsi. Um dia, algum gênio do marketing vai ter que me explicar essa estratégia de produto porque eu nunca entendi.
Aqui também se produz (e se consome) muitos tipos de molho picante. O preferido da minha sogra para temperar carne é o molho picante de mamão papaia. Existem várias marcas, mas duas tem o melhor visual para levar de lembrança. Olhem só que embalagens charmosas:
Aruba também produz charutos. O nome da marca é Aruhiba, fazendo um trocadilho com os famosíssimos Cohiba cubanos.
Talvez o produto mais tradicional arubiano seja a babosa, aqui conhecida como Aloe Vera. No século XIX dois terços da ilha eram cobertos com babosa e no início do século XX, Aruba era o maior produtor mundial. Existe uma marca chamada Aruba Aloe, de produtos de higiene pessoal que tem quase duzentos anos de existência e eles têm uma linha bem variada de produtos. Os mais tradicionais são os protetores solares: uma boa parte dos turistas deixa para comprar protetores aqui, devido à fama do produto. Mas eles tem uma linha que inclui xampus, condicionadores, desodorantes e vários outros produtos mais.
Outra opção de presente são os calendários com fotos de Aruba. Eles são bem feitos, com material de qualidade, cada mês tem uma foto de paisagem legal e uma receita de comida ou coquetel típico. Eles não pesam na bagagem e imagino que existam nas lojas de souvenirs. Como eu não frequento essas lojas, onde eu realmente sei que existem são nas papelarias e também na rua principal, numa loja chamada Ecco.
Se você já veio à Aruba e levou um souvenir legal que não está na lista, me avise que eu amplio as opções. 😉
Companhias aéreas que voam para Aruba
Existem quatro companhias aéreas que voam do Brasil para Aruba: Avianca, Copa Airlines, Gol e Taca, que opera conjuntamente com a Avianca. Eu só usei duas até hoje: a Avianca e a finada Varig, cuja rota foi reestabelecida pela Gol.
Tenho uma boa experiência com a Avianca. Pontos positivos: eles são organizados, as poltronas têm tela individual com filmes até legaizinhos, a conexão em Bogotá é razoavelmente rápida (umas 2:30hr) e tem internet grátis no aeroporto. Para mim o grande ponto negativo é a comida. O lanche (que deveria valer por um jantar, já que é a única comida que você vai receber até quase uma da madrugada) do trecho AUA-BOG na última vez esteve abaixo do comestível: era um pão com presunto e queijo seco, sem manteiga ou maionese ou qualquer creme, o que o tornava impossível de engolir. Tanto eu quanto minha minha filha desistimos de comer. Ao descer em Bogotá, fomos correndo procurar algo para matar a fome. A comida do trecho BOG-GRU não é muito melhor e por isso eu recomendo levar algum lanche na bagagem de mão, principalmente para quem viaja com crianças.
A Copa eu nunca usei e o principal motivo são os horários ridículos. Na ida ao Brasil, o vôo chega a Guarulhos uma hora da madrugada. O que torna impossível tomar outro avião, para aqueles que não vão ficar em São Paulo, como eu. E o trecho de vinda do Brasil tem uma parada no Panamá que te obriga a pernoitar, porque o vôo que vem à Aruba só sai no dia seguinte. Mas essa é minha opinião. Já conheci brasileiros que vieram para Aruba com a Copa especialmente por causa do pernoite, porque, aparentemente o aeroporto do Panamá é bom para compras, assim que tem gosto para tudo.
Eu vou experimentar voar com a Gol em julho e de momento, já tenho uma péssima experiência. Isso porque essa companhia aérea que faz vôos internacionais não aceita cartões de crédito emitidos no exterior! Tentei de tudo para comprar a passagem, fiquei dias entrando no site, que supostamente aceita Visa, Mastercard, Amex e UATP (?!). Então liguei para o tal número de vendas que eles poem no site. Só que esse número é uma farsa, é só para inglês ver, literalmente. Devo ter ligado mais de 100 vezes. Funciona assim: eles pedem para você escolher ser atendido em inglês ou espanhol. Você escolhe uma opção, daí tem outra opção para escolher e daí você espera alguns minutos até a ligação cair. Com um detalhe: a voz que supostamente te fala em espanhol deve ter aprendido o idioma com aquele cara da “la garantía soy yo”. O espanhol não só é ruim, é totalmente incompreensível por alguém que não fala português. Para exemplificar: ao dar as opções, eles dizem: DISQUE UN. Vamos pela parte menos ruim: não deveria ser un, mas uno. Porque em espanhol, un só vem antes de um substantivo ou adjetivo, como un gato ou un buen día. Mas o número sempre vai ser número uno e nunca número un. Agora vamos à pior parte: disque?! Fala sério, nem um português seria capaz de entender esse verbo, expressão, gíria ou coisa que o valha, porque isso só existe no Brasil! O certo em espanhol seria dizer: marque uno ou pulse uno. Acho que a Gol poderia ter sido menos mão de vaca e pagado alguém que sabe espanhol para fazer o roteiro da gravação. Isso é só outro sinal da total falta de cuidado com os clientes estrangeiros.
Finalmente, pedi para a minha irmã ligar para o SAC deles e ao final eles disseram que o único cartão de crédito internacional que eles aceitam é American Express. Cuma? Fala sério, eu acho que não conheço nenhuma pessoa que tenha Amex. Ou seja, a Gol está voando para o exterior só para levar brasileiros para fora, sem nenhum interesse em levar estrangeiros para conhecer o Brasil. Ao final minha irmã teve que comprar a passagem para mim. Um turista comum poderia fazer isso? Claro que não! E um turista estrangeiro que quiser comprar passagens para viajar dentro do Brasil, como faz? Não faz né? Escolhe um lugar mais fácil de se viajar.
E é por isso que Aruba, essa ilha de 33 km de extensão por 9 km de largura, recebe mais turistas por ano que o Brasil, que é o quinto maior país do mundo. Pela total falta de interesse não só de todos os governo que já estiveram no poder, mas em grande parte das empresas brasileiras, como a Gol.
Não é de se estranhar que um ano atrás, o Estadão tenha publicado uma reportagem dizendo que como os brasileiros estão viajando para fora mais do que nunca e os estrangeiros estão viajando cada vez menos para o Brasil, o déficit da balança comercial era de um bilhão de dólares!
Atualização: depois de escrever este post, eu fui para o Brasil com a Gol, então deixe-me contar. Eu fui e voltei de classe comfort e acho que vale a pena pagar mais. Você ganha 10cm de espaço entre a poltrona da frente e as suas pernas e a poltrona do meio fica vazia. No meu caso, eu comprei uma poltrona para mim e uma para a filhota, então com a poltrona do meio vazia, ela pode deitar e viajar como se tivesse dormindo numa cama, ficou bem confortável. Além disso, você ganha um dvd portátil com alguns filmes e programas. No trecho AUA-GRU, como era de noite, nem usamos. Mas no trecho GRU-AUA, com o vôo de dia, foi legal, embora a seleção disponível seja pequena, comparado com a Avianca. Agora, se você for viajar na classe turista mesmo, boa sorte. Os seus joelhos ficam grudados na poltrona da frente, não tem nenhum tipo de entretenimento gratuito. Então, se a opção for entre viajar com a Avianca de classe econômica ou viajar com a Gol de classe econômica, escolha a Avianca sem dúvida. A classe econômica da Avianca tem um bom espaço para as pernas e as poltronas são mais cômodas. Além disso, a Avianca tem um bom sistema de entretenimento gratuito para todos, o que faz muita diferença num trecho tão longo. Se a dúvida for entre Gol comfort e Avianca econômica, eu prefiro a Gol pelo detalhe da poltrona do meio, que ajuda um montão ao se viajar com crianças.
A Casa
Uma característica de Aruba é que aqui se vive em casas. Existem pouquíssimos apartamentos, sendo que a maioria deles são habitação social, tipo BNH, Cohab, Singapura ou coisa que o valha. Mas a população, em geral, mora em casas.
Os terrenos costumam ser grandes e as casas normalmente são só de um piso, é difícil encontrar sobrados. Isso pouco a pouco está tornando inviável morar em casas porque já quase não há terrenos disponíveis na ilha.
Outra característica das casas é que não existe campainha. Sério, eu nunca vi em nenhuma casa. O que se faz normalmente é buzinar. Se não funcionar, você espera que o cachorro da casa ou algum cachorro dos vizinhos comece a latir para alertar os donos da casa. Se nem isso funciona, apela-se para o celular. Ah, sim, não se bate palmas! Depois de quase dez anos morando fora do Brasil, eu finalmente descobri que só lá existe esse costume, aparentemente bizarro aos olhos de um estrangeiro, de bater palmas para chamar o dono da casa. Eu me lembro que meu marido quase surtou uma vez que estávamos no portão de uma conhecida que não vinha nunca e eu comecei a bater palmas. Ele falou: você está louca? Pra quem você está aplaudindo?! :p
Apesar de ter nascido e crescido em casas e estar acostumada a cidades onde a maioria das pessoas vive em casas, quando eu vim pela primeira vez eu vi que alguma coisa era muito diferente do Brasil porque eu não podia imaginar aquelas casas em nenhuma cidade brasileira. Depois é que eu notei uma grande diferença: é que aqui dificilmente existe grama nos jardins. Em seu lugar, as pessoas costumam plantar árvores, muitas vezes até criar uma verdadeira selva na frente das casas. Uma vista comum de uma rua pode ser assim:
E são muitas as casas que ficam completamente escondidas pelas árvores:
Algumas casas tem jardins com visual mais clean, mas seria muito estranho encontrar uma casa brasileira com coqueiros desse tamanho na frente, né?
Uma vez eu perguntei para o meu marido porque as pessoas não poem grama nos seus jardins. E ele me disse que é muito caro porque todos os meses tem que pagar alguém para cortar. Grama é coisa de gente rica. Dois tios dele que são considerados os ricos da família tem grama no jardim. Daí eu pensei: mas como pode ser tão caro assim se meus pais tem em casa e um monte de gente no Brasil também? Perguntei para a minha mãe a cada quanto tempo alguém tem que vir para cortar. Ela disse que nos meses de chuva pode ser uma vez ao mês, mas nos meses de seca pode demorar de três a quatro meses. Daí eu cheguei à conclusão de que a falta de costume de plantar grama é mais por falta de conhecimento aliada à preguiça que por falta de dinheiro.
E como é o quintal? Bem, atrás é onde fica normalmente as varandas, de preferência bem grandes para receber toda a família nas muitas festas de arromba, além de um espaço para as crianças correrem.
A segurança, de modo geral, é bem melhor que no Brasil. Eu ainda não vi aqueles muros de três metros com cerca eletrificada, no estilo prisão de alta segurança. O muro da minha casa mesmo é baixo, acho que tem um metro e meio e tem casas que nem muro tem. Existem bairros que são mais inseguros e propensos a furtos. Mas é bom deixar bem claro: normalmente são furtos, sem a presença dos moradores e sem armas de fogo. Uma amiga brasileira que mora num desses bairros já foi roubada uma vez. Ela chegou em casa do supermercado à noite e estava cansada, deixou para guardar a comida no dia seguinte. Quando ela acordou, a cozinha estava sem janela e o ladrão levou toda a compra do dia anterior. E também alguma comida que estava na geladeira. A tv, o vídeo, aparelho de som e outros elétrodomésticos continuaram lá. Pelo jeito nem passou pela cabeça dele fazer a família que estava dormindo de refém para pedir dinheiro, jóias ou coisas de mais valor. Um ladrão um pouco mais profissional roubou a máquina de lavar, que estava do lado de fora, da casa de um parente. Mas aqueles roubos com a família trancada no banheiro, ameaçada de morte, que nem dão mais notícia de jornal no Brasil, isso eu nunca ouvi falar. E bate na madeira três vezes…
Língua
Todos os arubianos são poliglotas e falam, pelo menos, 4 idiomas: papiamento, holandês, inglês e espanhol. Quando eu digo todos, eu quero dizer todos mesmo, incluindo a avó de 92 anos do meu marido, e os meus sobrinhos desde a mais tenra idade. Se você vai a uma repartição pública, ao hospital, ou mesmo a uma loja de celulares, antes mesmo de pegar a sua senha, o computador pergunta em qual dos quatro idiomas você quer ser atendido.
O idioma local é o papiamento, uma língua que se parece ao espanhol e com palavras do holandês. Eu ainda vou fazer um post específico sobre papiamento, mas agora o importante é entender como toda uma população chega a saber quatro línguas fluentemente.
Papiamento é a língua se fala em casa, nas festas, no dia a dia, nos jornais e nos dois canais de tv locais. É nessa língua que os bebês aprendem a falar suas primeiras palavras e é a língua usada nas creches e escolinhas, a não ser que os pais ponham o filho numa escola específica que fale outro idioma. Existem algumas creches e escolinhas em holandês e que eu saiba existe uma em inglês.
Mas Aruba faz parte do reino holandês e tem essa língua como idioma oficial. Isso significa que todo o ensino é em holandês e da primeira série até a universidade, todas as matérias são dadas em holandês. Até algum tempo atrás, o papiamento era proibido, coisas de colonialismo europeu. Depois deixou de ser proibido, mas não ensinado nas escolas. Faz menos de dez anos que o papiamento é ensinado desde a primeira série até o final do ensino secundário, como língua estrangeira.
Então uma criança típica vai aprender papiamento em casa, com sua família e se for à creche, essa vai ser a língua falada lá também. A escolinha para as crianças de 2 e 3 anos chama-se peuterschool e numa escola comum, o máximo de contato com o holandês vai ser através de algumas musiquinhas. A escola das crianças de 4 e 5 anos, é a pré-escola, chamada kleuterschool e é então que se começa a ensinar holandês para as crianças arubianas. Com jogos e brincadeiras, elas vão aprendendo o idioma, preparando-se para a grande mudança. Com seis anos, eles iniciam a primeira série e a partir daí, tudo vai ser em holandês, a não ser durante aulas de língua estrangeira.
E como entram o inglês e o espanhol nessa história? Aruba vive de turismo e até pouco tempo atrás os percentuais eram uns 80% de americanos e canadenses e o resto de latino-americanos e holandeses. Como a maioria das pessoas trabalha no setor turístico, falar inglês é essencial. Some-se isso ao fato de que o ensino de idiomas na escola é excelente, tanto que existem poucas escolas de idiomas aqui. Eu mesma nunca conheci um arubiano que tenha estudado numa escola de idiomas ou com aulas particulares.
Um outro fator são os meios de comunicação. Como a ilha só tem três canais de tv, o resto todo vem de fora. Aruba recebe praticamente todos os canais da tv aberta americana e a maioria dos canais por cabo. E esses canais são recebidos diretamente, o que nos permite assistir os noticiários e programas sem nenhum atraso. O que significa que aqui se assiste ABC, CBS etc e não canais como Sony e Warner que compram programas desses canais. Isso é possível porque não existe legenda nem dublagem. Com acesso à tv em inglês desde que nascem, as crianças já se acostumam com o idioma bem cedo e a maioria tem contato com inglês mais cedo e em mais profundidade que o próprio holandês. Os cinemas também passam filmes sem legenda, inclusive filmes infantis.
Em relação ao espanhol, o número de imigrantes de outros países, principalmente da Venezuela e Colômbia, é grande. Então é bem comum ouvir espanhol no dia a dia. A geração do meu marido é uma geração que cresceu com mais contato com espanhol do que a atual. Por que os canais americanos chegaram faz uns 20 anos e antes disso, todos os canais eram da Venezuela e do México. Então existe uma diferença de gerações em relação ao domínio de idioma. Os adolescentes e crianças falam mais inglês e menos espanhol que os adultos.
Outra característica arubiana é a multi-culturalidade: numa ilha tão pequena convivem pessoas de quase cem nacionalidades, por isso não é difícil encontrar pessoas que falem além das quatro línguas locais mais umas quantas. E esse vai ser o futuro da nossa filhota do alto dos seus 3 anos já fala português, papiamento e inglês como se fossem suas línguas maternas e pouco a pouco está assimilando espanhol e holandês.
Festa de arromba
Quando se vive numa ilha de 110.000 habitantes, as opções de lazer são limitadas. Não tão limitadas quanto morar numa cidade deste tamanho, porque Aruba é um destino turístico, então tem muitas coisas: parques aquáticos, praias, cinemas, restaurantes, passeios de jipe, barco, quadriciclo, submarino, etc. Mesmo assim, os passeios normalmente são bem caros e não dá pra ficar pagando mais de $50 por pessoa cada fim de semana.
Some-se a isso o fato de que muita gente se conhece. Sabe aquele lance de cidade pequena em que todo mundo se conhece? Daí imagina que a cidade pequena é uma ilha. Comparando com a minha família no Brasil: eu tenho parentes espalhados por muitíssimas cidades e estados do Brasil. Sempre tem alguém que foi estudar em algum lugar, ou conseguiu emprego longe ou casou. Minha mãe tinha quinze irmãos, meu pai tem sete e nenhum tio ou tia morava na nossa cidade. Já aqui em Aruba, a família costuma sempre estar perto, o que significa que a família é grande. Meu marido tem catorze tios e tias que moram aqui e todos têm uma prole signficativa. E a maioria das famílias tipicamente arubianas é assim.
Então, a solução para as poucas opções de lazer acessíveis e manter o contato com tanta gente é fazer festa. Aqui se comemora tudo: aniversários, bodas de casamento, batismos, comunhões, etc. Quando eu digo que se comemora, eu não estou falando de uma festinha em casa. Porque mesmo que a festa seja em casa, não tem como existir uma festa íntima. Em primeiro lugar porque comemorar aniversários é uma algo esperado. Não tem aquela de perguntar: você vai fazer alguma coisa? Se alguém faz aniversário, todo mundo que conhece a pessoa e lembra da data pode passar para dar os parabéns. Então se você fizer aniversário, trata de comprar bebidas e providenciar uns petiscos porque o convite é desnecessário, a galera vai aparecer com certeza. No aniversário do meu marido tivemos mais de setenta pessoas em casa e isso que muita gente não veio. E não existe festa surpresa? Poucas, normalmente para ser surpresa tem que ser um dia antes.
Batismos e comunhões sempre são comemorados com uma festa gigantesca, do tipo que é preciso alugar um salão, decorá-lo e imprimir convites. Não sei se existe esse costume em algum lugar do Brasil, mas eu noto que aqui e na Espanha esses dois eventos são considerados merecedores de pompa e circunstância.
Quanto às festas de criança, é quase igual ao Brasil, com temas e brincadeiras. Acho que a única diferença é que aqui sempre tem a piñata e não sei se em algum lugar do Brasil existe esse costume.
Também merecedores de uma festa grande são os aniversários de adultos que chegam a uma idade redonda, tipo 20, 30, 40, etc. e os aniversários de casamento a cada cinco anos. Para esses dois casos, a festa também costuma ser comemorada num salão ou restaurante e são enviados convites. Que eu me lembre, no Brasil somente as bodas de prata ou de ouro são comemoradas com festa, quando são, porque a maioria dos casais que eu conheço não dá muita bola para isso.
Isso significa que a nossa vida social é agitadíssima. Às vezes temos que esperar vários fins de semana para poder ir ao cinema porque praticamente todos os sábados e domingos ou nós temos uma festa ou nossos sogros (e babás oficiais) têm.
E deixa eu ir terminando o post porque preciso sair para comprar um presente de comunhão… 😉
29 hotéis de Aruba comentados
Os hotéis de Aruba se concentram em 3 zonas hoteleiras: Palm Beach, Eagle Beach e Oranjestad (o centro). Muitos hotéis de Aruba não ficam em frente à praia, eles ficam na praia. Isso significa que entre o hotel e a praia não existe uma rua ou um calçadão. Como muitas das melhores praias foram vendidas aos hotéis, pelo menos eles fizeram uma lei que obriga os hotéis a não restringir o uso da praia aos hóspedes. Essa lei diz que a praia em Aruba sempre é pública, então os moradores (e você, como turista) podem entrar nos hotéis e ir à praia, só não podem fazer uso da piscina e das cadeiras. Aproveite a sua estadia e ande ao longo da costa. Você pode conhecer e comparar diversos trechos de praia.
Hotéis de Palm Beach
Em Palm Beach, estãos os hotéis high rise, que podem chegar a 15 andares, é a única região em que se pode construir a essa altura. Em termos de praia, Palm Beach não é melhor que Eagle Beach: a praia é mais estreita e como os hotéis têm mais hóspedes, existe menos espaço disponível. Por isso alguns hotéis, inclusive cobram para reservar as palapas de primeira linha do mar. Algo, diga-se de passagem, proibido, porque a praia é pública, assim como todas as construções dela, inclusive as palapas construídas pelos hotéis. Alguns hotéis tem um placa da associação de turismo dizendo que a praia é pública, mas a maioria não respeita. De todas as maneiras, mesmo sendo mais apertadinha que Eagle, Palm Beach também é linda: areia branquinha, mar azul bebê, tudo o que alguém espera de uma praia do Caribe. Só que o grande motivo pelo qual as pessoas escolhem ficar em Palm Beach é pelo agito, não pela praia. Na própria praia de Palm Beach, tem um calçadão estreito que faz com que seja bem fácil passear pelas praias dos hotéis e parar para tomar uma bebidinha, nos vários bares de praia, tanto dos próprios hotéis, quando independentes, como os do Pelican Pier ou do De Palm Pier. E atrás dos hotéis, existe um sem número de bares, restaurantes, lojinhas pequenas e grandes, shoppings pequenos e grandes, enfim, existe uma vida noturna que dá para ir andando, sem se preocupar com carro, estacionamento e táxi. E é exatamente por essa razão que, na maioria dos casos, não vale a pena ficar em um all inclusive em Aruba. A tentação fora do hotel é grande e dá pena não aproveitar ou pagar em dobro.
Ritz Carlton
O hotel mais a oeste de Palm Beach, na verdade, já em Hadicurari Beach é o Ritz Carlton. Esse é considerado o hotel mais luxuoso, que apresenta particularidades como um concierge dedicado a cada hóspede, que entre outros mimos, extende a sua toalha na cadeira e busca bebidas e petiscos para os hóspedes. Vale a pena para quem quiser luxo e exclusividade. Como ele fica bem afastado do centrinho de Palm Beach, talvez seja uma boa ideia pegar um táxi para sair, porque o trecho é longo e a iluminação é bem mais ou menos. Mas, durante o dia, dá para ir andando ao point de windsurf e kite surf, a praia de Hadicurari. Leia os comentários de quem se hospedou lá e faça a sua reserva aqui.
Marriott
O Marriott tem um conjunto de três hotéis: o Marriott Stellaris, o Marriot Ocean Club e o Marriott Surf Club. O Marriott é um super hotel em termos de tamanho, luxo e estrutura. O cassino é um dos maiores de Aruba e o trecho de praia é bem mais largo comparado com os outros hotéis de Palm Beach. O Marriott Stellaris funciona como um hotel convencional, enquanto o Surf Club e o Ocean Club são timeshares, especializados em famílias, com quartos com cozinha completa ou minicozinha com microondas. Os hóspedes cada um dos hotéis podem desfrutar das piscinas e da estrutura dos outros. Dos três, o único que eu me hospedei foi o Surf Club e nós gostamos bastante, tanto que eu escrevi essa review completa dele. Se você quiser se hospedar no Ocean Club ou no Surf Club, alugando semanas de proprietários e economizando até 50% do valor de uma diária normal, escreva para mim no email info@guiadearuba.com, que eu verifico a disponibilidade e os preços para o período desejado.
Holiday Inn
O Holiday Inn costuma ter os preços mais baixos entre os pé-na-areia de Palm Beach. É o maior hotel de Aruba em número de quartos, que estão divididos entre vários blocos. Já faz um bom tempo que eles estão renovando o hotel e que eu saiba, a maioria dos blocos já está pronta. Eu nunca me hospedei nele, mas eles tem um bom trecho de praia e também tem piscina de entrada zero, que é uma mão na roda para bebês e crianças pequenas. O ponto forte dele, sem dúvida, é a localização: bem em frente a um shopping e com muitas opções de bares, restaurantes e lojas a poucos passos. Se você quiser saber como está o hotel, leia os comentários de quem se hospedou lá e faça a sua reserva aqui.
Playa Linda
O Playa Linda é um timeshare que fica exatamente no meio de Palm Beach, tanto se você considera o trecho de praia quanto se você considera a zona de bares e restaurantes. Ele é um timeshare que tem quartos bem confortáveis, que variam de um studio até um apartamento com 2 quartos, ideal para uma família grande. Eu adoro as piscinas de entrada zero, com umas quedas d’água que fazem sucesso entre adultos e crianças. Pelo booking é possível reservar o studio e o apartamento de 1 quarto. Se você vier em um grupo maior ou quiser saber qual o preço de uma semana alugada diretamente com o proprietário, mande um email para info@guiadearuba.com que eu posso verificar os os preços da semana em questão.
Hyatt
O Hyatt é sinônimo de elegância e sofisticação. Os quartos são luxuosos, os restaurantes impecáveis e o paisagismo é de babar. O único inconveniente que eu vejo é a falta de acessibilidade da área externa, que tem uma quantidade impressionante de degraus. Por isso, eu não recomendo para idosos ou pessoas com dificuldade de locomoção. Em compensação, para quem tiver crianças maiorzinhas, o tobogã da piscina é certeza de diversão. Leia os comentários de quem já ficou aqui e faça a sua reserva aqui.
Barceló
É um all inclusive famoso pelos excelentes quartos e bom serviço, recomendado para quem gosta do sistema. Se você está no esquema de curtir só o hotel e não fazer passeios, essa é uma boa pedida. Reserve com grande antecipação, porque eles vivem lotados. Leia os comentários de quem se hospedou lá e faça a reserva aqui.
Brickell Bay
Na parte de trás do Barceló, está o Brickell Bay, que costuma ser uma alternativa econômica para quem só precisa uma boa cama para dormir e uma boa localização. A estrutura dele se resume a uma piscina pequena, mas os hóspedes que querem aproveitar a praia podem ir ao quiosque do hotel situado à beira mar, onde existem espreguiçadeiras à disposição do hotel. O restaurante é bem simples, mas o que não faltam são opções de bares e restaurantes a poucos passos do hotel. Tenha em conta que recentemente, eles passaram a aceitar somente adultos, assim que não é uma opção para famílias. Leia os comentários de quem se hospedou por lá e faça a sua reserva aqui.
Hilton Aruba
Não tem como não gostar, o Hilton é completo, tem localização, praia, estrutura e charme. Além disso, ao meu ver, o melhor hotel de Aruba para crianças pequenas e pessoas com dificuldade de locomoção. A área externa, além de linda, é totalmente acessível, sem nenhum degrau, assim como as piscinas. Já me hospedei lá e fiz três posts, onde eu comento o quarto, a estrutura e a área externa. Faça a reserva aqui.
RIU
O RIU e o RIU Antillas (só para adultos) são all-inclusive e provavelmente sejam os hotéis que mais recebem brasileiros em Aruba. Em termos de estrutura é praticamente só a piscina e a praia, mas vale por estar bem localizado.
The Mill
Em frente ao Riu Antillas, na rua de trás, uma ótima opção, com quartos confortáveis e com cozinha completa. Ele é muito bem cuidado e mantido, temos amigos e familiares que já se hospedaram lá e sempre estão satisfeitos. Para chegar ao centrinho de Palm Beach é preciso dar uma andadinha de uns 5 min. Leia comentários sobre o hotel e faça sua reserva aqui.
Divi Phoenix
O Divi Phoenix fica bem na pontinha de Palm Beach, já chegando em Eagle. Ele faz parte de uma rede holandesa que tem outros cinco hotéis em Aruba. O Divi Phoenix funciona em sistema de timeshare e comprou o primeiro edifício de outro hotel que havia lá. Esse edifício foi mantido, é a torre e ao lado dela foram construídos vários blocos novos, onde dizem que os quartos são melhores. Eu nunca me hospedei lá, assim que recomendo que você leia os comentários de quem já ficou. O hotel tem duas coisas que todo mundo gosta: cozinha completa no quarto e churrasqueira na área externa que pode ser alugada. Por isso, como todo timeshare, recomendo muito para famílias. A área do hotel é bem ampla, assim como a extensão de praia. Só que nesse trecho não havia areia, era um trecho pedregoso, então eles fizeram algo como Baby Beach, construíram um muro de pedras em um certo trecho e essa baía se encheu de areia. Deu muito certo para eles e como a região não tem gente em trânsito, eles provavelmente têm o trecho de mar mais cristalino de Palm Beach. Para chegar ao centrinho de Palm Beach, é preciso dar uma caminhada boa. O conjunto de piscinas, bares e restaurantes está espalhado por diferentes áreas do hotel e é bem legal. Se você quiser fazer uma reserva, clique aqui. Se você estiver buscando um precinho camarada de algum proprietário, escreva para info@guiadearuba.com que eu vejo a disponibilidade e preços para as datas que você estiver procurando.
Hotéis de Eagle Beach
Em Eagle Beach, os hotéis costumam ser únicos, não de rede, alguns são familiares, vários são do tipo timeshare e alguns pertencem a uma rede holandesa. Existem dois trechos distintos, o trecho mais próximo a Palm Beach é um trecho de calçadão e o trecho mais perto do centro é um trecho de hotéis pé-na-areia.
Trecho de Calçadão
Blue Residences
O primeiro hotel, no meio do caminho entre Palm Beach e Eagle é o Blue. Ele fica bem na pontinha de Eagle, já chegando em Palm Beach. O nome dele é residences porque ele funciona num mixto de hotel e apartamento residencial. Os apartamentos estão à venda e quem compra pode usar o período que quiser e no período em que ele não estiver usando, o apartamento é alugado por dias no esquema de hotel. Os quartos são muito bonitos, espaçosos e sofisticados. Todos os quartos são suíte com cozinha completa e 1, 2 ou 3 dormitórios. A vista é de babar, como vocês podem ver na foto. A parte não tão boa é que ele está no meio do caminho, portanto isolado tanto dos restaurantes de Palm Beach quanto dos restaurantes e bares de Eagle Beach. A praia na frente do hotel foi feita por eles, porque este trecho era pedregoso. Eu nunca fui, mas leitores aqui do blog que se hospedaram lá adoraram a prainha, sinal que eles trabalharam bem. Leia comentários de hóspedes e faça a sua reserva aqui.
Amsterdam Manor
Esse é um hotel familiar fundado por uma família de holandeses que veio morar em Aruba há alguns anos atrás. É a mesma família que dirige o hotel até hoje e a arquitetura do lugar é o estilo colonial holandês. É um hotel pequeno e muito bem cuidado, um quatro estrelas que se esmera no serviço. Os quartos tem uma mini-cozinha. Tem a fama de ficar em frente ao melhor trecho de praia da ilha e é dos favoritos de casais em lua-de-mel. Leia os comentários dos hóspedes e faça a sua reserva aqui.
La Cabana
Esse é um timeshare que compartilha esse trecho espetacular de Eagle Beach com o Amsterdam Manor e o Paradise Villas. Eles renovaram recentemente todo o hotel, começaram pelo lobby, que ficou lindíssimo e agora estão com os últimos quartos. Além do trecho de praia ser ótimo, a área externa é bem grande e a estrutura bem completa: piscinas, toboágua, bares, restaurantes, spa, parquinhos, muita área para crianças correrem e também bastante sombra disponível. Se você estiver interessado em uma semana no La Cabana, é possível encontrar por $1000 na baixa temporada, quando alugando direto de um proprietário. Quem estiver interessado em alugar semanas de timeshare, mandem um email para info@guiadearuba.com e eu digo o preço e a disponibilidade para o período que vocês vierem.
Tropicana
O Tropicana é outro timeshare e fica atrás do La Cabana, portanto não está na rua da praia. Antes ele fazia parte do La Cabana e tinha o nome de La Cabana 2. Os quartos são bem grandes nos dois hotéis, e agora eles estão passando pela renovação que o La Cabana teve em 2015. Talvez por isso, ele tenha excelentes tarifas que fazem que ele seja uma das boas pechinchas de Aruba. Os quartos são enormes e confortáveis, a área externa é grande, com duas piscinas, uma com tobogã, outra com cachoeira. Ele fica em frente a um dos maiores supermercados da ilha, o que faz que seja bastante econômico ter tanto a cozinha quanto o supermercado à disposição. Os comentários dos hóspedes são muito bons, assim que se você quiser se hospedar no Tropicana, clique aqui. Se você quiser alugar a semana de um proprietário e hospedar-se de maneira mais econômica ainda, mande um email para info@guiadearuba.com e eu verifico os preços e a disponibilidade para a semana desejada.
Paradise Beach Villas
O Paradise também fica no melhor trecho de Eagle Beach, é menor que os vizinhos e tem uma área externa mais simples. Ele também funciona em regime de timeshare e aluga os quartos para não proprietários quando estes não vão utilizar essa semana. Se você tiver interesse no Paradise ou em algum outro timeshare, escreva para info@guiadearuba.com que eu vejo a disponibilidade.
MVC
O MVC é um hotel bem pequenininho, com apenas 19 quartos, super bem posicionado num dos melhores trechos de praia da ilha e segundo muitos leitores do blog, tem um atendimento impecável. Some-se a isso, o fato de que ele tem ótimas tarifas e um restaurante bem conceituado. Se você não precisa de estrutura, só precisa de um bom quarto, bom preço e bom serviço, não precisa procurar mais. Leia os comentários de outros hóspedes e faça a sua reserva aqui.
La Quinta
O La Quinta já fica um pouquinho mais escondidinho, porque a frente dele não dá para a praia, os fundos dele sim (não sei quem foi o arquiteto…) e é resumidamente: pequeno e bem cuidado. Tem dois edifícios, cada um com sua piscina e é o típico gracinha, dá gosto de ver como é bem mantido.
Trecho pé-na-areia
Costa Linda
O Costa Linda, é um dos maiores timeshare de Aruba. Especialmente indicado para famílias grandes, pelo tamanho dos seus quartos: todos são suítes com 1, 2 ou 3 quartos. Os de três quartos têm churrasqueira na varanda, os outros podem usar a churrasqueira na parte de baixo do hotel. O Costa Linda é superlativo: o hotel é enorme, os quartos são gigantescos, ele tem um sem-fim de atividades para os hóspedes e o trecho da praia é bem comprido. Eles tem até um mini-cinema ao ar livre. Leia os comentários de quem se hospedou aqui e mande um email para info@guiadearuba que eu vejo a disponibilidade de quartos e preços para a semana que você estiver interessado.
Bucuti
No trecho de praia seguinte está o hotel boutique de Bucuti & Tara. O Bucuti tem tantos prêmios e tantas particularidades que vou tentar resumir. É o hotel mais premiado de Aruba e um dos mais reconhecidos do Caribe. O motivo? Ele é impecável para o que se propõe: um hotel para escapadas românticas de casais. Ele tem um atendimento personalizado, o dono recebe todos os hóspedes e costuma estar sempre lá, além de todo o staff, treinado para realizar os mínimos desejos dos hóspedes. É totalmente focado em casais/adultos e não aceita crianças. É o único hotel grande que abertamente recebe pessoas de qualquer orientação sexual. É um hotel totalmente verde, muito além daquela coisa de não deixar a toalha no chão: todo o edifício é pensado para reaproveitamento da energia e da água, não usam utensílios de plástico, priorizam produtos locais, bom, um sem fim de práticas que vale a pena conhecer só para ver as muitas formas de colaborar com o meio ambiente. Oferecem pacotes de férias e casamentos “verdes”, além dos normais. Nunca me hospedei lá, mas a área externa é impecável, não tem como notar a excelente manutenção dos edifícios e o paisagismo. Leia os comentários de quem se hospedou lá e faça as suas reservas aqui.
Manchebo
O Manchebo é outro hotel que se dedica ao turismo para casais. Todo o hotel é pensado para dar uma atmosfera romântica, com um spa à beira mar, restaurantes com um clima especial e o atendimento é muito pessoal. Apesar do hotel aceitar crianças, cabe no máximo uma a mais no quarto. O hotel é tão pensado para casais que não existem quartos com camas separadas. Eles têm poucos quartos e por isso mesmo, é muito concorrido, normalmente é preciso fazer reservas com meses de antecedência para conseguir um quarto. Ele tem uma opção de all-inclusive para os hóspedes que assim desejem. O dono do hotel mora lá e costuma receber seus hóspedes e o trecho de praia é sensacional. Leia os comentários de quem se hospedou lá e faça a sua reserva aqui.
Aruba Beach Club
Se tem um hotel que eu conheço bem é esse. Ele é um timeshare onde meus sogros tem uma semana. Foi na piscina deles que meu marido aprendeu a nadar e pretendemos comprar a nossa semaninha lá este ano. Foi lá também que eu trabalhei por quatro meses cobrindo uma licença maternidade, então eu sei das condições dos quartos e da manutenção. Por isso, eu recomendo de olhos fechados: os quartos são espaçosos (tem studio para até 4 pessoas e suíte de 1 quarto para 5 ou 6 pessoas), com cozinha completa e tantos os móveis quanto as roupas de cama estão sendo constantemente renovados. O parquinho é uma gracinha e fica conveniente perto das piscinas, o que faz que as crianças gastem energia o suficiente se dividindo entre parque e piscina. O trecho de praia justo em frente é pedregoso, mas o trecho do lado direito em direção ao Manchebo é ótimo e para quem gosta de ondinhas, essa é a sua praia. Ao contrário das outras praias de Aruba, em que o mar é bem calminho, o trecho em frente ao ABC e Casa Del Mar é mais agitado para os padrões locais. Fica em frente ao shopping Alhambra, com boas opções de lojas, mercado, bares e restaurantes, além do Cassino Alhambra. Na baixa temporada (entre abril e novembro) dá para encontrar preços incríveis através das semanas alugadas pelos proprietários, menos de $900 por uma semana num pé-de-areia em Aruba. Se você quiser alugar uma semana, mande um email para info@guiadearuba, que eu vejo os preços e a disponibilidade para você.
Casa Del Mar
Até alguns anos atrás, o Casa Del Mar e o Aruba Beach Club eram blocos separados de um mesmo hotel e até hoje eles compartilham as facilidades dos hotéis, embora sejam administrados por separado. O Casa Del Mar acabou se especializando em famílias maiores, por isso no edifício principal todos os quartos são suítes com 2 quartos que abrigam até 6 pessoas. Do outro lado da rua, eles têm outro edifício, que não é pé-na-areia com suítes de 1 quarto para até 4 pessoas. Os quartos são ótimos e foram totalmente renovados em 2013. O trecho de praia bem na frente do CDM é pedregoso, assim como o do ABC, mas se vc der só uns passinhos mais à esquerda vai estar na praia do Divi All Inclusive, que é maravilhosa. Nós já nos hospedamos duas vezes no CDM, sendo que a última em outubro de 2014. Na frente dele está o shopping e o cassino Alhambra. Como todos os timeshare, é possível conseguir quartos grandes por um preço impossível de se conseguir em Palm Beach para toda uma semana. Se você estiver interessado em alugar uma semana, mande um email para info@guiadearuba informando para quantas pessoas e qual a semana procurada que eu mando os preços e a disponibilidade.
Divi All Inclusive e Tamarijn All Inclusive
Esses all inclusive fazem parte do mesmo grupo e compartilham suas facilidades. Embora eu não seja a favor de sse sistema em Aruba, se eu tivesse que recomendar um em Aruba, seria um desses dois. Um dos diferenciais é a variedade de equipamento esportivo à disposição dos seus hóspedes. Todo equipamento de esporte aquático não motorizado está à disposição dos clientes: caiaques, pranchas de surf, equipamento de snorkel e windsurf. Eles também têm bicicletas de todos os tipos: masculinas, femininas, infantis e com cadeirinha para bebês. Lá está a única rocha para escalada da ilha. E também eles oferecem muitos tipos de curso para os hóspedes, como aulas de dança, jogos de tabuleiro, jogos de cassino e até papiamento. Na minha opinião, eles têm um dos melhores trechos de praia de Aruba e como se isso não bastasse, eles também têm a maior extensão de praia da ilha, mais de 1 km, o que faz com que eles também tenham o maior número de quartos pé-na-areia. Sabe aquela coisa de sonho de ter um quarto, com uma varanda que dá na praia, onde tem uma rede entre dois coqueiros? Assim. Leia comentários de quem se hospedou lá e faça a sua reserva aqui.
Divi Golf e Divi Dutch Village
Do outro lado da rua estão os outros dois hotéis do grupo: o Divi Dutch Village e o Divi Village Golf & Beach Resort. Estes hotéis não são pé-na-areia, eles ficam do outro lado darua, como praticamente todos os hotéis de praia do Brasil. Os dois funcionam em esquema de timesharing e compartilham suas facilidades. O Divi Golf é bem novo, tem uns dez anos e tem um campo de golfe, vários lagos e é o maior resort de Aruba em termos de terreno ocupado. Ele foi construído numa área que tinha vários lagos e tem um paisagismo muito legal, que incorporou os lagos, o campo de golfe, as piscinas e os edifícios do hotel. Os quartos são muito bons e espaçosos, todos têm cozinha completa e alguns têm uma jacuzzi na varanda. Os quatro hotéis Divi tem um shuttle que leva seus hóspedes a outras partes de Eagle Beach, incluindo o cassino Alhambra, que pertence ao grupo dono dos hotéis. Leia os comentários dos hóspedes e faça a sua reserva aqui.
Hotéis de Oranjestad
De momento existem dois hotéis no centro, mas estão em planejamento dois mais: um hotel para viajantes de negócios na Mainstreet e um hotel-boutique no aeroporto. O melhor de ficar no centro é ter diversão e compras por perto sem ter que alugar carro e por preço justo. Quinze anos atrás quando ainda não existiam shoppings nem restaurantes em Palm Beach, existia Oranjestad, que concentrava todas as compras e toda a vida noturna. Existem muitos, mas muitos restaurantes, tanto nos shoppings quanto fora deles, dois cassinos grandes, sendo que um deles é 24h. No linear park, o parque linear que vai dos jardins do Renaissance até o aeroporto, também tem alguns barzinhos, tanto na praia quanto na praça e tudo vive lotado de segunda a segunda. A variedade de lojas é maior do que em qualquer parte da cidade, então você não precisa se preocupar em reservar um dia para fazer compras, qualquer dia pode ser esse dia. O público em sua maior parte é de locais, o que faz com que a experiência do turista seja diferente das outras zonas hoteleiras.
Renaissance
O Renaissance tem dois edifícios separados – um se chama Marina e o outro Ocean Suites – e uma ilha particular, chamada Sonesta. O Marina é um adults-only, não se permite crianças. Nesse edifício fica o Crystal Casino, o único cassino 24 horas de Aruba. Também nesse edifício está o shopping mais chique de Aruba com marcas exclusivas como Louis Vitton, Custo, Gucci, BCBG, Michael Kors, etc. Leia comentários de quem se hospedou no Renaissance e faça a sua reserva aqui.
Os hóspedes de ambos os edifícios tem acesso à ilha particular do hotel. Todos os dias, a cada 15 ou 20 min. sai uma lancha do edifício principal para a ilha. A ilha e o passeio de lancha são uma atração à parte. A ilha tem um bar grande e se divide em duas praias, assim como os hotéis. Uma é a praia dos flamingos, reservada só para adultos e onde é permitido fazer topless e a outra é a praia das iguanas, para o público familiar. Se você quiser alugar uma semana no Renaissance Ocean Suites, escreva para info@guiadearuba.com que eu verifico a disponibilidade de quartos e preço.
Talk of The Town
O Talk of The Town, que fica em frente à Plaza di Turismo, no linear park, que é a praça que termina em Surfside Beach, uma praia que eu adoro para ir com crianças, porque fica numa baía e não tem ondas, o mar é calminho, calminho. Não conheço o hotel por dentro, mas dois anos atrás eles fizeram uma grande renovação,
A maioria dos hotéis está sempre novando e eles costumam renovar tudo, mas tudo mesmo, a cada cinco ou seis anos. Como o mercado hoteleiro é bem competitivo, eles precisam estar renovando para não ficar para trás. Cada vez que há uma renovação, eles vendem, normalmente a preço de banana, para os empregados (alguns revendem, hehehe) todos os móveis do quarto e alguns trocam inclusive todo o banheiro e/ou cozinha. Uns amigos que ficaram no Costa Linda recentemente dizem que a cozinha do quarto é top de linha, novinha em folha.
O mais importante para saber de Aruba é que não existe hotel ruim nem praia ruim, assim que elimine essa preocupação da sua cabeça. Mesmo os hotéis mais simples não são o tipo de simples que vêm à cabeça de um brasileiro. São simples para o padrão da ilha: sempre vão ter uma cama king size, um quarto muito espaçoso e um balcão, e provavelmente estariam num padrão de 3 a 4 estrelas no Brasil.
Muita gente pergunta qual é o melhor hotel de Aruba e eu sinceramente não saberia responder. Dizem que o mais luxuoso é o Hyatt, onde fica a família real, mas eu gosto mais das piscinas e da área externa do Hilton e do Marriott. A área externa do Divi Village Golf é de babar: não tem como não se impressionar pelo conjunto dos lagos com campo de golfe, com piscina infinita, com o restaurante envidraçado que te dá a sensação de estar flutuando. E eu não canso de ouvir elogios ao Bucuti e ao Manchebo, com seu atendimento personalizado. Os praticantes de esporte e amantes de praia são público fiel do Divi Aruba e do Tamarijn e não tem quem não goste da piscina com correnteza e o super cassino do Marriott. O Amsterdam Manor tem seu público fiel assim como o Costa Linda. Assim que escolher o hotel para ficar depende mais do tipo de experiência que você quer ter do que de um suposto ranking.
Procurando hotel em Aruba?
Se você fizer sua reserva através dos links aqui do blog, a eu ganho uma comissão. Essa é uma forma de apoiar o Guia de Aruba e ajudar a criação de mais conteúdo. O preço é o mesmo do Booking, você não paga nada a mais para mim, mas o booking sim. E eles sempre têm os melhores preços, você pode cancelar quando quiser e tem suporte em português se precisar.
Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou com uma carta na mão

Tem algumas coisas que funcionam no Brasil e que muita gente não dá valor. Uma delas é são os correios. A minha experiência com o correio brasileiro sempre foi excelente. Já em relação aos outros países que morei, dá pra fazer um ranking.
O correio holandês é impecável. Tudo o que você manda ou recebe vem a tempo, ninguém abre nada nunca. Minha mãe mandava sedex do Brasil e demorava quatro dias para chegar em Delft. Isso porque o pacote saía de Campo Grande. Imagino que se saísse de São Paulo, um dia seria economizado.
Então, voltamos a morar na Espanha. O mesmo sedex passou a demorar duas semanas para chegar. O sistema de correios do Brasil permite que você saiba exatamente onde está o seu pacote através de um sistema de rastreamento: a caixa tem um código de barras que é lido em cada lugar que ele chega. E nós comprovávamos que dois dias depois de enviado lá em CGR, o pacote chegava em Madrid. O que ele ficava fazendo lá nos doze dias seguintes até ser entregue para mim, eu nunca fui capaz de entender. Fora os extravios. Cartas simples enviadas da Holanda demoravam dez dias para chegar, quando chegavam. Uma vez enviamos um pacote com presentinhos para um bebê de uma amiga que nasceu na Holanda e o pacote sumiu. Como não tínhamos feito seguro (nunca imaginamos que precisássemos fazer um seguro para um sedex), só ouvimos umas desculpas e nada foi feito. Também sumiram ou foram devolvidos alguns pacotes enviados para nós, sem nenhuma explicação plausível. Quando a filhota nasceu, mandamos cartões de nascimento (nem sei se existe esse nome em português, mas é uma tradição holandesa – geboortekarten). Já quem recebeu e quem não recebeu e quando recebeu foi uma loteria. Nossos amigos holandeses receberam os cartões um dia depois de postado. Começamos a receber os telefonemas de parabéns no dia seguinte, incrédulos. Os cartões enviados para a Espanha chegaram uma semana depois.
E os de Aruba demoraram meses. Sim, meses, porque os correios daqui batem todos os recordes de ineficiência que existem. Hoje eu recebi uma carta enviada no Brasil no dia 10 de março, parece piada. E as cartas enviadas para qualquer parte do mundo também demoram, em média, dois meses para chegar. Todos os pacotes enviados por sedex pela minha mãe chegam abertos. Até agora nunca sumiram com nada do que tinha dentro, mas eles sempre abrem para dar uma conferida.
Mas, curiosamente, as contas de água, luz, telefone e a publicidade comercial sempre chegam a tempo. Outro fato incompreensível para mim, é o fato dos correios entrarem de férias coletivas no Natal e Ano-Novo. Sabe aquela época quando mais usam os serviços de correio? Mesmo que o hábito de mandar cartões de Natal tenha praticamente desaparecido, o de mandar presentinhos para quem mora longe não. E ainda mais num país em que muitos jovens estão fazendo faculdade fora