À exceção da lighting parade, todos os desfiles de carnaval de Aruba são durante o dia e começam por volta do meio-dia. Aparentemente, o motivo para isso é que a polícia teria dificuldade de garantir a segurança do local se o desfile se prolongasse para a noite.

Se no desfile infantil havia bastante lugar disponível, ontem foi praticamente impossível encontrar lugar perto da grade de segurança e o sol estava inclemente. Assim que nenhum lugar poderia ter sido melhor que o camarote da rádio onde o tio do meu marido é locutor. E também tomamos a decisão acertadíssima de deixar a filhota brincando com os primos, porque ficar passando horas e horas de calor, sem outras crianças para ver ou brincar, nenhuma criança merece.

Antes do desfile começar tem toda uma muvuca na rua, com pessoas andando para cima e para baixo, vendo, sendo vista e encontrando gente. Também tem os ambulantes vendendo bebida, comida, chapéus, etc.

A honra de ser o primeiro grupo a desfilar sempre é o grupo da ganhadora do concurso de Rainha do Carnaval. O segundo grupo a desfilar é o da ganhadora de rainha juvenil e o terceiro o da ganhadora de rainha infantil. Os outros grupos, são 14 em total, desfilam em ordem determinada por sorteio. Os grupos tem tema, mas as alas não necessariamente contam uma história. Não existe um equivalente ao samba-enredo, cada grupo tem sua banda e a banda toca várias músicas, entre as quais a sua música de trabalho para o carnaval. Existe uma eleição de melhor grupo, melhor carro alegórico, ala com melhor fantasia. Os jurados dessa eleição ficam caminhando ao longo do desfile e não parados em certos lugares, como no Brasil. Existem duas eleições à parte desta oficial, que são a de road king (melhor puxador) e roadjam (melhor música).

Os diversos Prins e Pancho, assim como rainhas infantis

O tema do grupo da Rainha do Carnaval era a Rússia

A Rainha em seu dia de glória

Cada grupo tem seu carro-banheiro que acompanha os foliões

Carro abre-alas do grupo da Rainha Juvenil

A senhora Aruba 2012 – a rainha sênior

As fantasias não são igualzinhas, como no Brasil. Os participantes usam os mesmos tecidos, plumas, mas podem decidir muitos detalhes para personalizar. No bloco dos pescadores, por exemplo, cada chapéu de barco era diferente e muitos deles batizaram o barco com o próprio nome ou o nome de alguém querido.

A bebida à vontade é um dos “direitos’ dos foliões

Esta ala homenageou o shoco – uma espécie de corujinha que só existe em Aruba, como mostra o seu nome científico: Athene cunicularia arubensis.

A ala das corujinhas ganhou o prêmio de melhor do ano

Corujinhas

Carro com a banda

E para terminar, aqui vai um gostinho do carnaval arubiano: